sexta-feira, 16 de março de 2012

Refogados e Freud


Entre o Sol e a Terra, o Mar e a Lua o que há?
Um imenso espaço.
Vazio?
Assim o parece...

E a esta hora estão vossemecês a pensar:
“Mas o que deu a esta gaja? Uma pessoa à espera de histórias hilariantes sobre a vida da ALI e ela brinda-nos com o que quer e não quer, ou sabe lá o que quer?! E sexo?? Sexo que não é sexo mas uma espécie de poema?! Da-seee. Mas a malta quer lá saber do que ela quer e de espécies de poemas sobre sexo?! E agora a Lua e o camandro Terra, o espaço, vazio...O melhor é ela falar de sofrimento aos Sábados de manhã!”

Pois é.
Quanto ao meu post com o título “sexo”...tenho de confessar que foi uma desilusão. Eu pensava que bastava essa palavra para ter uma cambada, uns 180, logo a bisbilhotar o meu Blog. Népia. Uns míseros 29 bisbilhotaram. O que demonstra que os portugueses estão frouxos e que só pensam na crise e assaltos e afins. Que outra razão poderia haver???!!!! Não há. Claro.

Incrivelmente uma das pessoas que leu o post sobre sexo disse-me que eu tinha feito um poema. J’alucine. E eu a pensar que tinha mandado umas palavras para a folha branca mais ou menos ao acaso. Coisas que me foram saindo enquanto pensava na palavra sexo...

É

Não é de sexo, nem de posts passados que eu tinha pensado escrever.

Na verdade não sei bem em que história hei-de pegar. Na do trem de cozinha e da minha tese? Na daquela vez que fui ao médico em França? Ahhh esta também é muito boa. Na daquela vez que estava no chat e engatei...Ahhh sim também excelente. Ou daquele sonho? Qual? Aquele. Qual? Do mar e da terra e...Nãoooo esse é chato.

Mas é isso vou escrever sobre sonhos. Quem ficaria radiante e me compreenderia por certo seria o Freud.

Pois então não é que um dia sonhei, imaginem...não, não foi um sonho erótico (sim ainda tenho esperança que quem lê este Blog tenha uma mente perversa e leve logo a coisa para a cueca...mais que não seja pela capacidade que me é conhecida de ligar qualquer palavra, evento ou afim a uma cena cuecal). Mas enganam-se. O sonho que vos quero contar é puro e lindo.

Era uma vez uma noite.
Uma noite em cima do colchão e entre os lençóis.
Entre os lençóis a ALI dormia um sono mais ou menos profundo.
Mais ou menos porque a ALI nunca dormiu um sono verdadeiramente profundo.
De olhos cerrados e respiração constante, rezando para que nenhum insecto lhe entrasse pelo nariz ou pela boca aberta pelo ressonar...
Sim...a ALI ressona.
Mas continuando...
Enquanto um fio de baba corria por um canto da boca. O canto que se encontrava virado para a almofada, pois claro. Pois claro porque a ALI não dorme de barriga para cima, nem de barriga para baixo. É como os rissóis. Ora se frita de um lado, ora se frita do outro.

Assim se encontrava a ALI.

Não frita, mas virada de lado, de olhos cerrados e com respiração constante, um fio de baba a cair pelo canto da boca, num sono aparentemente pacífico. Mas o que preencheria o seu subconsciente, inconsciente? O quêeeeeee?

Um refogado de cebola.

Sim. Isso. Leram bem. Um refogado de cebola. É verdade. (não solicitei um parar de respiração porque já não há cú para isso)

Ele há lá coisa melhor para se sonhar? Não. Pois claro que não. Qual sonhos eróticos com o George Clooney ou Jude Law?! Mas alguém quer isso???? Ninguém. A ALI sonhava com um belo refogadinho de cebola. Azeitinho, cebolinha, refogadinho. Isto. Mas não só. A ALI sonhava que agarrava no refogadinho de cebola e o esfregava debaixo dos braços. Assim como se fosse um desodorizante. Espetacular!!! Tão espetacular que me sinto emocionada. À beira das lágrimas mesmo. Aposto que todo o mundo e mesmo o extraterrestre adoraria ter este sonho.

Refogado de cebola em azeite (by the way existem outros tipos de refugado?) e esfregar debaixo do braço. O pormenor do azeite é importante. Não era óleo. Azeite. Volto a dizer: Espetacular!!!!

O Freud devia ter adorado analisar este sonho. Concerteza ia ter uma ligação qualquer ao sexo. Uma possibilidade seria que eu tinha uma fantasia com bolbos...mas não me vou alongar por aqui, que a comunidade deste Blog não mostra grande interesse em sexo.

Entre o Sol e a Terra, o Mar e a Lua o que há?
Um imenso espaço.
Vazio?
Assim o parece...mas quando bem analisado de vazio não tem nada.
O ser humano é que não tem capacidade de ver o que está no espaço entre o Céu e a Terra, o Mar e a Lua. É como se fosse cego.

Assim acontece muitas vezes na nossa vida.
A vida que parece vazia.
Um vazio que esvazia.
Um espaço imenso.
Oco e assustador.
Mas apenas porque nos tornámos cegos e incapacitados para ver o que lá está.

Vemos o Sol e a Terra, o Mar e a Lua, mas não vemos o que está entre estes dois extremos.

Será que queremos ver?


2 comentários:

  1. ahahahaah Bom, segundo o q li hj numa notícia do Ciência Hoje, diz o Prof. Mário Simões sobre os sonhos q apenas os repetidos devem chamar a nossa atenção p a mensagem q o nosso incosciente nos dá. Ora bem...atentai na repetição do refogar e logo vereis...;)

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  2. E sim, às vezes n queremos ver, especialmente estes pontinhos aquém satélicos, pequeninos, foscos e brilhantes q somos nós, entre o sol e a terra...

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