domingo, 29 de abril de 2012

O famoso "Episódio do Trem De Cozinha e da Minha Tese de Doutoramento”

Afinal o vazio de uma folha branca tinha tudo a ver com um episódio da minha vida! Como pude não relacioná-lo??? Nem parece meu...uma oportunidade perdida.

Uma oportunidade perdida e uma oportunidade colhida. A oportunidade de preencher mais uma página em branco.

Pois sim que hoje é o dia de preencher o vazio não de uma, mas de várias folhas em branco com o tão aguardado “Episódio do Trem De Cozinha e da Minha Tese de Doutoramento”.

“O Episódio do Trem De Cozinha e da Minha Tese de Doutoramento” tem todo o aspeto de uma história para crianças. Parece quase “A História da Branca de Neve e os Sete Anões”. Não estão a ver porquê? Não? A sério? Nenhuma semelhança? A sério? Como é que é possível? Pois eu também não. Estava era com esperança de sair alguma ideia aí desse lado. Era sem dúvida fantástico conseguir um paralelismo entre “O Episódio” e “A História”. Tornava a coisa de uma certa forma mais intelectual. Mais uma oportunidade perdida!!!

Mais uma perdida e mais uma colhida...qual? É que este episódio fez-me lembrar o meu sobrinho. O meu sobrinho quando era pequenino gostava que eu lhe contasse histórias ao adormecer (assim como as minhas sobrinhas). Nunca fui muito de lhes ler um livro. Inventava as histórias. Dão o mote e eu que me desenrasque. Ora o André costumava pedir-me histórias do tipo: Titi conta-me aquela história do comboio que tinha medo de ir à escola ou Titi conta-me a história do camião que não queria comer sopa. E por aí fora. O irreal das histórias que lhe contava lembram-me o irreal real do “Episódio do Trem De Cozinha e da Minha Tese de Doutoramento”.

Paralelismo feito, vamos ao que interessa. O Episódio. A escrita de uma tese de Doutoramento é um evento tempestuoso na vida de uma pessoa. Talvez não de todas, mas acredito que da maioria. Acho que qualquer tese o é. Mas a de Doutoramento pela sua grandeza e porque implica o resumir de quatro anos de esforço intenso tem uma dimensão acrescida. Quatro anos de alegrias e frustrações. De bom resultados e maus resultados. De tudo ou nada. Obviamente há meios e médios e assins assins nestes 4 anos, mas disso o pessoal (neste caso o pessoal sou eu! Gosto de usar o pessoal, nós e plurais afins...não sei porquê, mas é provável que dê um Post um dia destes, agora é melhor não me desfocar – singular – não sei se notaram. Também tinha funcionado é melhor não nos desfocarmos – plural, seria mais inclusivo. E talvez tu te sentisses mais dentro do Episódio e do Post. Em termos de inclusão acho que o “Tu” ganha. Estou a tentar escrever um parêntesis maior do que aquele do outro dia, já não me lembro de que Post.) tende a esquecer-se e já vos disse que tenho esta atração pelos extremos, os opostos, as antíteses e os antípodas (de onde saiu um grande amor). A atração de quem está junto ao abismo... Pufff. Parágrafo complexo e cansativo. Quantos terão desistido aqui?

Invariavelmente chega-se ao fim e parece que se tem muito pouco.

Introduzido o episódio vamos lá então a ele. Sentiste a proximidade e inclusão?

Estávamos num dia de Outono e este fazia parte de um dos cerca de 180 dias que levei a escrever a tese. A página estava particularmente branca. Um branco mais branco que o costume. Um daqueles brancos muito brancos, desesperantes e hipnotizantes. Um branco tão branco que era capaz de cegar. Não saía palavra. As teclas do computador pareciam desfocar-se em frente aos meus olhos.

Foi assim toda a manhã. Eu e a página em branco. Uma luta angustiosa e até àquela altura por mim perdida.

Após o almoço voltei de novo para o gabinete. Na altura chamávamos-lhe “A Solitária” e era o local para onde éramos atirados voluntariamente no momento da escrita da tese. Local onde nos tornávamos peritos em preencher o vazio de folhas em branco. Assim, após o almoço voltei à solitária. Sentei-me em frente ao computador com um chocolate Kit Kat, na esperança que me desse mais inspiração e capacidade de preencher a folha em branco que em frente se abria com uma imensidão assustadora. Senti-me como se estivesse em frente a um deserto e tivesse de plantar tulipas.

Acho que tinha esta esperança todos os dias, uma vez que comia um kit kat por dia (não é por acaso que nas fotografias de defesa da minha tese pareço uma vaca, tal não é o par de mamas que apresento...ou isso ou então o período estava para me vir). Comi o Kit Kat e olhei o branco da folha. Olhei o teclado. O branco da folha. O teclado. O branco da folha. O teclado. O branco da folha. O teclado. O branco da folha. O teclado. O branco da folha. O teclado. Nada. Nicles. O vazio. O vazio assustador e angustiante da folha branca. Foi então que me surgiu uma ideia brilhante. “Olha, já que não estou a produzir nada, vou tratar daquele assunto ao banco!” Que belo pretexto para fugir dali. Maravilhoso. Dirijo-me ao carro. Um suspiro de alívio e uma caricia de ar fresco na cara...

Chego ao banco. Uma fila algo longa. Um escaparate com publicidade. Agarro num folheto distraidamente. Leio-o igualmente distraída. Até que parecia uma boa ideia “Por cada 20€ que gastasse com o cartão VISA ganhava uma peça de um faqueiro.” As peças eram bonitas e ainda por cima era o que eu punha todas as semanas de gasolina no carro. Tudo fazia sentido. Preenchi os meus dados no papelito da publicidade e deixei lá.

Semanas mais tarde vou jantar com a minha prima. Vivi com a minha prima 11 anos, ali para os lados da Rua da Bica, não muito longe do Bairro Alto. Nessa altura a minha correspondência ainda ia para a casa dela. Aí chegada, o meu primo e marido da minha prima, entrega-me um molhinho de cartas. Uma do banco. O extrato do cartão VISA. Abro a carta. Alguns 20€ (já a contar para o faqueiro!!!) e...250€!!! F*** espanto, medo...onde raio gastei tanto dinheiro??? Antes de continuar é preciso que se saiba que eu nessa altura já não tinha bolsa (e não sabia quando ia receber) e que todo o dinheirinho que tinha, 2000€, era alvo de racionamento bem pensado. Não havia cinemas, nem copos, nem jantares, nem pechibeques. Lei marcial aplicada aos tostões de modo a que estes me chegassem até voltar a receber, sem ter de pedir a ninguém. F*** penso de novo. Fiquei de boca aberta a olhar para a carta uns momentos e a tentar lembrar-me de algo que pudesse justificar aquele gasto, sendo a hipótese mais aceitável para a minha cabeça ter sido um engano do banco. No envelope vinha de novo a publicidade que estava no escaparate no dia em que tinha ido ao banco. Olho para a publicidade e...afinal o que tinha feito era preencher uma prova de compra de um trem de cozinha.


UM TREM DE COZINHA. Todo um trem de cozinha.  50 peças.

De novo: UM TREM DE COZINHA.  Todo um trem de cozinha.   50 peças.

E mais uma vez: UM TREM DE COZINHA.  Todo um trem de cozinha.   50 peças.




Respiremos profundamente antes de continuar!

Da-se. Da-se Da-se. (Pena naquela altura este diminutivo de F***-** não poder ser utilizado. É que nesta década descobriu-se que se tirarmos o FO ao F***-** este deixa de ser um palavrão e toda a gente o diz à boca cheia! Giro esta do boca cheia e do Da-se juntos...)

Panelas, frigideiras, tachos. Tudo em duplicado e com diversos tamanhos e formas. F***-** mas o que é que ia fazer àquilo??? Ainda por cima ia para Paris trabalhar! 250€ em panelas. Não queria acreditar. Não vou ao cinema, não janto fora, não...e 250€ EM PANELAAAAAAAAAAS?!?!?!?!?! Mandei uma sms aos meus amigos do género “pessoal comprei um trem de cozinha e não sei como”. Quando a TC me telefonou ri a rir e ri a chorar...se calhar mais a chorar que a rir. Este episódio também demarcou o principio do fim daquele meu relacionamento com o Carlos...na altura telefonei-lhe e mandei a piada “já temos panelas para a nossa casa” (o gajo chateava-me para viver com ele desde que nos tínhamos conhecido, não logo, mas 3 dias depois?!)! Do outro lado um silêncio desconfortante fez-se sentir...e percebi que algo tinha mudado.

No dia a seguir no laboratório foi a emoção e a agitação total. Le delire! The story of the day!!! A TC enquanto eu alucinava tratou do assunto. Telefonou (já o Trem estava pronto a ser levantado não sei onde) e informou-se do que seria possível fazer. Não me recordo bem mas acho que escrevemos para lá a dizer que tinha sido um equivoco ou algo assim. O dinheiro foi-me devolvido e não tive de me ver a braços com 50 panelas, tachos, frigideiras e o raio que ma parta!

O “Episódio do Trem De Cozinha e da Minha Tese de Doutoramento” teve um final feliz...como a “História da Branca de Neve e dos Sete Anões”. Afinal sempre consegui o tal paralelismo.

E separados - o Trem e a ALI- foram felizes para sempre!



sábado, 28 de abril de 2012

O vazio de uma folha branca


Estava por aqui...estou sempre por algum lado. É engraçado. Não sei como consigo! É verdade. Mas continuando estava por aqui a curtir esta tarde chuvosa e o por aqui desta vez é em casa e a pensar: “humm que hei-de fazer? Passar a ferro é urgente. Baaaaaaaa repulsa. Ler o jornal. Mais ou menos. Ver televisão. Não me apetece. Ler um livro. Estou sem capacidade de concentração para tal. Navegar na Internet. Done. E que tal escrever um Post. Boa ideia!!!”
Assim pensado, assim cumprido.

Abre-se o word e começa-se a preencher uma página em branco. Uma página em branco...Engraçado que tantas vezes na vida a página em branco me causou angustia. A angustia de não saber por onde começar. A angustia de não sair bem. A angustia de não conseguir acabar. A angustia do olhar crítico de quem por ela os olhos passar. A angustia...a angustia do vazio que uma página branca representa.

Com os Posts isso não me acontece. Os posts representam a liberdade que o vazio nos pode proporcionar. Ou me pode proporcionar. Não me preocupo com o meio ou o fim, a perfeição ou imperfeição. A finalização ou não. Mais importante para mim aqui é o jogo de palavras, o relatar de momentos que mal ou bem marcaram a minha vida, o espicaçar as mentes, a provocação...sempre gostei de um pouco de provocação, a surpresa, mas sobretudo a liberdade total e absoluta de uma folha branca.

Mas voltando um pouco atrás para falar mais um pouco da liberdade do vazio. Reparem na problemática que me assolava o cérebro num sábado à tarde enquanto a chuva caia certinha lá fora e me fazia sentir protegida cá dentro: passar a ferro?, ler?, ver televisão? Internet?, escrever?. Sem preocupações de tempo. Sem obrigações. Sem compromissos. Sem justificações. Escrevo mais uma página da minha vida sozinha. Tão bom quanto mau, tão pacífico quanto tempestuoso, tão amargo quanto doce, tão livre quanto presa. De novo os opostos...atraem-me como se um abismo presenciasse.

E é isto que o vazio de uma folha em branco pode proporcionar. O vazio torna-se cheio! Engraçado por não ter ficado meio e por de mais um oposto se tratar.

Pensava relatar mais uma peripécia da vida da ALI...mas agora nenhuma parece ligar aqui!
Uma nova folha em branco terei por isso de iniciar...

sábado, 21 de abril de 2012

Post salvo pelo Nelson Évora!

Estava por aqui a preparar a aula de Virologia que vou dar na segunda no ISPA. Não não vou dar Virologia para psicólogos! O ISPA tem um curso de Biologia. Agora que estão esclarecidos e que eu não faço a mínima ideia sobre o que vou escrever...nem o que vem a seguir ao Agora que...que normalmente é suposto ser seguido de uma qualquer informação. Agora que não sei, vou simplesmente dissertar sobre cromos. 

cromo2
nome masculino
1.
gravura a cores, que se coleciona e/ou se cola em caderneta própria

2.
coloquial pessoa que se comporta de uma forma excêntrica ou pouco comum
(De cromolitografia)

Pois que me considero uma croma e por certo estou mais para a 2ª definição. Não pretendo ser colecionada ou colada numa caderneta. Ficam desde já informados. Mas como croma com vertente não croma que sou consegui associar o Nelson Évora, esse belo pedaço de homem com o qual não me importava de trocar alguns microorganismos daqueles inócuos que possuímos aos milhões (belo mas também não para levar com toda a porcaria), a bactéiras e vírus!!! Ain't it fucking incredible?

Fica aqui, que eu não quero que vos falte nada.

Na aula vou mostrar uma mais soft... se bem que com muita pena minha (esta apresentei no curso de formação de formadores em 2008. Foi um sucesso claro!!!!!!)!


Léo sei que me compreendes :))))

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Gatos & Frigidas


J’hallucine!!!
J’hallucine é uma expressão que adoro e que dita em português “Eu alucino”, não tem de modo nenhum o mesmo impacto. 
Portanto: J'hallucine que na minha vida hei-de sempre embater em gente doida. J’hallucine e passo a explicar porquê.

No final da semana passada resolvi que ia adotar dois gatinhos. Primeiro porque adoro gatos e depois porque a casa anda muito vazia e estava a precisar de animação. E dois porque um ficaria sozinho muito tempo e eu não queria isso. 

À primeira vista parecia o sonho mais fácil de concretizar do mundo. Há tanto animal por aí abandonado e a precisar de carinho...uma busca na Internet revelou isso mesmo, vários gatos para adotar e dois exatamente como eu queria. Lindos. Escrevi de imediato para o contato que lá estava, de onde me responderam que ainda estavam disponíveis para adoção. Combinámos para a passada terça o encontro e entrega dos gatos. Fiquei toda contente e corri a comprar os utensílios necessários. Uma cestinha, o mijadouro/cagadouro, comida, areia, recipientes para a comida, utensílio para afiarem as unhas. Tudo preparadinho para os receber. Tudo a correr sobre rodas.

As amigas/colegas entusiasmadas. Os sobrinhos, em especial a sobrinha deliciada com a ideia. Eu toda contente.

Ao ser contatada pela senhora disse-me que normalmente elas gostavam de entregar os gatinhos em casa, para se certificarem que ficavam bem. Tudo bem. É bom que tenham cuidados com quem acolhe os animais e assim também não tinha de me deslocar a casa de desconhecidos sei lá onde. A conversa no entanto começou a deixar-me algo desconfortável...

Chegada a hora. Tocam à porta e quando abro tinha 3 mulheres a entrarem-me pela casa a dentro com os gatitos. Até lhes disse que era um bocado intimidatório. Ao que me responderam que ainda tinham ficado não sei quantas lá em baixo. Da-se! Mas era preciso vir um exército, ou toda a organização não sei das quantas de proteção dos animais?!

Sentaram-se no sofá e pergunta para aqui e para ali e cuidados...e o melhor era por uma rede na janela para ele sentirem o ar da rua e eles fogem muito e assim e assado. Entretanto perguntaram-me se o que tinha acontecido ao gato que eu tinha (tinha-lhes dito que tinha tido um gato), se tinha morrido. Lá lhes expliquei que o tinha deixado em casa dos meus pais porque ele se tinha habituado andar em liberdade e que não tinha tido coragem de o voltar a encerrar num apartamento. Bla, bla, bla...que não o tinha capado bla, bla, bla mas devia fazê-lo, disseram-me elas. Os coitadinhos dos gatos andam sempre em lutas e chegavam esfarrapados a casa e, segundo elas as gatas sofrem muito...

Minhas amigas que se vê que não percebem nada de natureza, daquela verdadeira, não daquela ficcionada nas suas mentes. Os gatos no campo têm os tomates pá e as gatas não são esterelizadas e têm os seus períodos normais de cio. Os gatos lutam sim. Lutam pela posse da fêmea e para que seja o seu esperma o que é entrega e perpétua a espécia. Faz parte de ser gato e ser livre. Têm sexo a torto e a direito e à fartazana e com quanto mais gatas melhor!!! Mais gatas mais possibilidade de passar os seus genes, mais variabilidade e mais hipóteses de perpetuar a espécia. E elas sofrem muito? Porquê? Por terem sexo à fartazana com vários gatos? Com quantos mais gatos fizerem sexo melhor, mais variabilidade genética e mais hipóteses de perpetuar a espécie. Isso sim é natural e é a verdadeira natureza.

Se calhar é o que falta a estas senhoras. Sexo. Sexo do bom e satisfatório. Sexo à fartazana e a torto e a direito. Mas temo que sejam frígidas...

Se nas cidades a quantidade de gatos está fora de controlo porque não existem predadores e porque os donos os abandonam, tornando-se muitas vezes um problema para a saúde pública é outra história e outro problema.

Depois há os animais domésticos, que nós os privamos de muita coisa da sua vida natural, que na verdade nunca a conheceram e que a maioria nem saberia viver sem ser no nosso aconchego. Não conhecem outra realidade e são felizes assim, se bem tratados claro. Se os esterilizamos é porque não queremos uma gata a miar/guinchar na altura do cio e um gato a mijar os cantos à casa nessa mesma altura e para não corrermos o risco da gata emprenhar e nos vermos a braços com uma ninhada de gatinhos que não queremos.  Mais por isto do que por verdadeiro altruísmo animal. Se há coisa que me enerva são as hipocrisias encapuçadas.

Mas continuando com a história da adoção...as ditas senhoras não quiseram logo deixar os gatinhos pois um estava com problemas intestinais e quizeram levá-lo ao veterinário. Disse-lhes que eu podia levar. Mas elas disseram-me que gostavam de se certificar que tudo estava bem. OK, assim não começo logo a gastar dinheiro com po veterinário. 

Quando saíram de minha casa senti-me aliviada. Combinámos que os viriam entregar hoje.

Hoje chego a casa e tinha o seguinte e-mail:
Boa tarde Anabela,

Levei os gatinhos ao veterinário hoje de manhã, eles  estão bem, a veterinária deu uma injeção de anti flamatório para ajudar a desinflamar os intestinos do amarelinho que continua com umas diarreias muito mal cheirosas e receitou um antibiótico para dar durante 7 dias porque já estava com diarreia à demasiado tempo. Vai continuar a ter que comer ração intestinal.
Entretanto nós estivemos a reflectir melhor e achamos que a sua casa é demasiado pequena para dois gatos tão jovens e ativos quanto estes. Nós gostamos muito de si, e sabemos que oferecerá boas condições a qualquer animal que venha a adoptar mas achamos que o mais indicado para si seria um gato já adulto em que já se soubesse desde o inicio o seu temperamento. Uma casa com pouco espaço será mais indicada para um gato calmo e pachorrento sem grande necessidade de gastar energia.
Espero que não fique chateada com a nossa decisão mas gostaríamos de encontrar uma família que possa oferecer um pouco mais de espaço para estes dois gatos traquinas.

Obrigada,

Inês
Resposta:
Compreendo, se bem que fico bastante triste porque gostei bastante dos pequenitos. 
Eu não procuro um gato pachorrento, porque não tem a ver com a minha personalidade. Tenho a certeza que os gatinhos iam ser felizes aqui, mesmo tendo consciência que o espaço não é enorme. Também não quero ter só um gato porque fica sozinho quando estou a trabalhar e triste. Nem quero gatos adultos porque quero ser eu a educá-los e ambientá-los ao meu espaço e modo de vida. 

Muito obrigada de qualquer modo pela vossa disponibilidade.

Anabela


F***-** C***** F****da P**** J'alucine! 
Então mas é preciso ter uma casa com 200 m2, piscina e court de ténis para ter 2 gatinhos? Os pobres já não têm direito a ter animais? 57 m2 e muito carinho não chega??? Precária, sem 13 ou 14 mês, sem reforma e só me é “permitido” ter gatos pachorrentos e chatos??? Epah acho que vou escrever para lá a perguntar se têm dois gatos pernetas, paraplégicos ou deficientes motores. Também aceito com Parkinson ou lobotomias. Ou mesmo embalsamados. Se calhar esses já me é permitido adotar.

As gajas estão no direito de escolherem quem elas quiseram e o casarão que muito bem entenderem para os dois animais. Eu estou no direito de as achar umas anormais. Sim estou ressabiada. Mas depois da tristeza de ter ficado impossibilitada de adotar os dois gatinhos fofos, senti alivio. Imagino que a seguir tinha a cambada de frígidas a toda a hora a inspecionar-me a casa e os bichos. Vá de retro.

Insuportável!
P.S - Hoje vou dormir neste cesto, mijar na caixa e limar as unhas no barrote. Amanhã para o pequeno-almoço uns cereais kitten&junior 1-12 m da IAMS com pré-bióticos e sabor melhorado.



terça-feira, 10 de abril de 2012

ALI anda por aí


Excelentíssimos Senhores e Senhoras leitores(as) deste Blog

Venho por este meio apresentar as minhas mais sinceras desculpas pela minha ausência.

O meu silêncio não significa abandono da criança à nascença. Claro que não. O meu silêncio significa escritas em outras paragens. Mais negras, mais densas e confusas. Um outro género e um outro espaço. Um espaço oposto a este. Um género também diferente. Quem sabe se a seu tempo não o partilharei também por aqui, por ali ou por além... seja onde for será sempre a ALI. 

Branco e Negro. Belo e Feio. Forte e Fraco. Feliz e Infeliz. Ligeiro e Dramático. Gosto dos extremos. São intensos e não mornos...

Não me vou sem antes contar uma pequena história passada em Paris de França, essa bela localidade. Ora eu em Paris tive um dos meus amores mais desequilibrados. Não é dele que vou falar hoje se bem que há uma história passada com este individuo que dava um belo Post. Vou deixá-la para mais tarde.

A história que me proponho a contar hoje não é com ele mas relacionada com ele. 

Após ter terminado a relação traumática que mantinha com o Bastien (assim se chamava o homem), pensei para mim que não tinha jeito para homens. Sim, porque uma das caraterísticas era atribuir-me culpa (reparem que uso o passado! hoje em dia a culpa é toda deles eu sou uma SANTA e perfeita). Por essa altura pareceu-me então que se eu não sabia lidar com homens, o melhor era dedicar-me às mulheres. 

Assim. Sou uma pessoa assim. Decido. Decido e pronto. Tudo racional. É aliás assim que surge a homossexualidade. Um dia uma pessoa decide e pronto. É homossexual. Do mais simples que há. 

Por esses dias em que pensava dedicar-me às mulheres...frequentava um ginásio. Aliás frequentava o ginásio já antes de ter decido dedicar-me às mulheres. Então viajemos para um balneário de um ginásio francês...

A minha mala em cima do banco. Uma mulher do outro lado do banco esfregava o creme no corpo nu (como se uma pessoa normalmente esfregasse creme no corpo vestido!!! Mas com os franceses nunca se sabe e não vos queria deixar com dúvidas) e de costas para o banco. Inclino-me para a mala para ir buscar algo ao mesmo tempo que a dita mulher se inclina para baixo para esfregar creme nos tornozelos. 

Resultado: fiquei com uma vagina a 1 cm da minha cara!!! Horrorrrrr...

E pensei "Nem pensar! Mulheres não!"

E foi assim a minha incursão pelo mundo do lesbianismo. 

Ahhh mentes badalhocas!!! Já estavam à espera de uma história escabrosa e porcalhona não era?!