quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

C'um Caneco ele há coisas...e acontecem-me!


É conhecido que na minha vida acontecem coisas...
Bem na minha e em todas as vidas do universo!

Mas como dizia na minha vida acontecem coisas.
E no Domingo passado aconteceu-me mais uma coisa. Aliás a coisa começou a acontecer logo na sexta-feira no momento em que resolvi inscrever-me como voluntária no site do AMO Portugal (http://www.amoportugal.pt/), para participar na iniciativa “Mãos à Obra! Limpar Portugal 2012” a ter lugar no dia 24 Março.

No Domingo ao consultar a minha conta de e-mails verifiquei que tinha vários e-mails de pessoas que também se tinham voluntariado. Achei estranho, mas tudo bem. Era para o pessoal saber quem é que se estava a voluntariar caso pretendessemos entrar em contato uns com os outros. Tinha ainda um e-mail da coordenação nacional da iniciativa dirigido a uma representante da Câmara Municipal de Lisboa em resposta a questões efetuadas por ela e com CC para mim e, que transcrevo abaixo:
Bom dia,

A existência ou criação de uma coordenação concelhia, à semelhança de 2010, depende exclusivamente dos voluntários locais.

Evidentemente, muito gostaríamos que a coordenação concelhia fosse assegurada pelas equipas que já mostraram resultados mas cremos, infelizmente, tal não venha a acontecer em todos os concelhos.

Em muitos casos são as próprias autarquias a assegurar a coordenação local da iniciativa.

Em Lisboa, entretanto, houve uma voluntária que, face ao pouco tempo disponível até 24 de Março, está a liderar a coordenação como poderá verificar em  http://www.amoportugal.org/pt/local/concelho

Agradecidos por participarem...
Melhores Cumprimentos
Coordenação Nacional
AMO Portugal - Associação Mãos à Obra Portugal

Cliquei no link e foi então que tive a surpresa da minha vida. Fiquei de boca aberta. C’um camandro, C’um caneco e C’um caraças! Então não é que a coordenadora da concelhia de Lisboa era nem mais nem menos que...

Esperem!!!!
Parem tudo de novo.
Desliguem o rádio, a televisão, os telemóveis, os iPads e computadores.
Ahh não. Não desliguem os telemóveis, iPads, computadores que podem estar a ser utilizados para ler isto. 

Não respirem...

Atenção! Atenção!

A coordenadora para o concelho de Lisboa era nem mais nem menos que: EU EU EU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O meu nome, telefone e e-mail ali escarrapachados. Antes do meu nome dizia Coordenadora. EUzinha. ALI no seu esplendor. ALI a coordenadora do Concelho de Lisboa no Limpar Portugal 2012. Qual freguesia, qual grupinho. Todo um concelho só para mim. Que poder. Toda a gente a limpar a cidade sob as minha ordens. Imaginei-me logo com uma pá numa mão, uma enxada na outra e uma T-shirt decotada e justa a dizer de um lado “Let’s Fuck” e do outro “the Dirt”.

Brutal.

Na verdade tive uma apoplexia nervosa em risos histéricos. Atão ma tu qué lá vê que m’inscrevi para coordenadora da concelhia de Lisboa???!!!

Respirem.
Já escrevi a informar que foi um equivoco da minha parte e que apenas me queria inscrever como voluntária. Que não me importava de coordenar um grupo à semelhança do tinha feito em 2010, mas que não me considerava com capacidade e tempo para algo da dimensão do concelho de Lisboa. O link claro já não dá acesso ao meu contato.

Não se admirem que um dia destes eu seja candidata a Primeira Ministra e que nem tenha dado por isso.

São coisas...
...que me acontecem.


e após ter terminado isto tinha este e-mail:
Bom dia!!
Sra D.Isabel Lopes Isidro,
Deram-me o seu contacto no FB, pois gostava de saber, aqui em Lisboa, onde me posso dirigir para participar na Acção?!?!
Vivo em Santos o Velho!
Se me puder dar informações, agradeço!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Perdida em pensamentos

Alentejo...
Local próprio à meditação. 
Planícies sem fim, que nos recordam como o mundo é imenso e como nós somos tão insignificantes
Dei comigo em Elvas perdida nos meus pensamentos, como aliás é meu costume, especialmente quando estou só. Sim, mesmo quando acompanhada me perco nos meus pensamentos. 


Mas dizia que me perdi em Elvas, ou melhor nos meus pensamentos...desejei perder-me em Elvas. 

Caminhei até ao castelo. Estava fechado. Mas ao lado deste um miradouro com uma vista brutal. Estacionei o olhar na imensidão da paisagem e pensei que realmente os Reis tinham uma vista a muitos quilómetros de distância...A perturbar estes pensamentos estava um individuo parado no meio do miradouro de óculos escuros. Por detrás dos meus óculos fingi que não o olhei...inicialmente pensei que fosse um turista, depois pensei que ainda podia era ser um janado que fosse importunar o meu momento solitário. Assim, resolvi escapar-me dali sem demora.

Quando desço as escadas vejo uma loginha engraçada e resolvi dar uma mirada. Apercebo-me que o fulano se dirigia a mim e quando estava já a escapar-me, ele diz: “Não quer entrar e eu mostro-lhe as minhas obras” (algo assim). Parei.

Ahhh afinal não era um gandulo, era um artista.

“Ok”. Respondi-lhe.

Mostrou-me as suas obras e imediatamente gostei bastante de várias. Falou-me do seu livro de poesia em prosa “O silêncio ensurdecedor”. Perguntou se eu o queria comprar e se comprasse agora levava o livro autografado. Eu sem sequer dar uma olhadela ao conteúdo do livro disse que sim. Silêncio ensurdecedor...nem imaginava ele quanto sentido estas duas palavras juntas têm para mim. Quantas vezes o silêncio foi para mim insuportavelmente ensurdecedor...e ali no meio do inesperado as palavras eram-me jogadas à cara sem aviso.

Acho que ficou surpreendido com a minha prontidão na compra do livro e acho que me leu um trecho, para ao menos eu conhecer uma parte do conteúdo...que deixo aqui, embora não esteja certa que tenha sido este!

Luz Púrpura
Luz púrpura irrompe da aurora, como o mel ao prazer...Massaja a alma, como a seda á minha pele, um caleidoscópio de emoções, levita-me o coração até á estrela mais distante, palavras, sabores, vagidos e movimentos, ensurdecem o silêncio do amanhecer, embalo os sonhos, nessa luz inspirante, abraço-os como a pele ao meu corpo, dissolvo-me nesse mar, nessa luz, nesse corpo do desejo...
O amor!

Enquanto o Luís me autografava o livro fiquei a contemplar as peças dele e a pensar que gostava muito de levar uma comigo.

O autógrafo
“...deste oleiro das palavras, as peças, os livros, serão sempre o molde dos nossos sentidos, o molde da nossa alma!...
Gosto bastante desta parte e acrescentaria a música...as peças, os livros, a música serão sempre o molde dos nossos sentidos, o molde da nossa alma!

Acabei por me decidir a comprar uma das peças de arte do Luís Pedras. Para isso teria de voltar no dia seguinte, que não tinha ali o dinheiro suficiente. Tudo bem. De qualquer modo iria ficar a dormir em Elvas...

No dia seguinte e antes de voltar para Lisboa passei lá para trazer a “minha obra”. O que mais me atraiu nesta obra foi a dualidade/ambiguidade de cada ser humano representado...as duas caras. Como me explicou o Luís cada ser pode assumir diferentes caras, cada mulher tem um pouco de homem e cada homem tem um pouco de mulher...mais uma vez fez-me todo o sentido. Várias caras...sim...a cara que mostramos aos outros e a cara que mostramos a nós próprios. O que vejo e o que os outros vêm...o que sou e o que os outros pensam que sou...

Enquanto esperava que a obra fosse embrulhada, entreti-me a olhar para as coisas que estavam na loja...peguei numa taça feita numa técnica de cerâmica japonesa - o raku. Achei piada à peça pois tinha uma forma que fazia lembrar um rabo. Perguntou-me se eu gostava e ao meu sinal afirmativo ofereceu-ma. Mas esta não tinha sido feita por ele. Assim resolveu oferecer-me mais uma dele. Não satisfeito ainda me ofereceu um cristal para dar boas energias...Um homem extremamente generoso. Longe do janado que me poderia importunar...

Na viagem para Lisboa, voltei a encontrar-me perdida nos meus pensamentos...em que pessoa me tornei, me tornaram, nos tornámos? Olhamos (ou olho) as pessoas com desconfiança e apressamos-nos a colocar rótulos, a ter medo, a fugir...Mas porque é que não consegui simplesmente estar ali sem fazer qualquer juízo de valor uma vez que nem sequer o conhecia???

Fiquei a pensar nisto e no porquê de tal ser assim...e foi numa manhã em que me preparava para ir trabalhar e ao ouvir as noticias no rádio que se tornou óbvio. As noticias eram: a explosão num prédio de Lisboa, um homem tinha assaltado um banco, outro tinha degolado a família inteira. Nenhuma notícia boa. Nenhuma notícia sobre homens bons ou coisas boas. Vivemos diariamente inundados por isto. Uma distorção da realidade. 

Negligenciam-se as noticias positivas e potenciam-se as negativas.

Perco-me de novo nos meus pensamentos sem desejo de encontrar-me...


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Eunucos e outras histórias


Agora que comecei os relatos dos meus amores, apercebo-me que tenho para aqui temas a dar com um pau...Temas a dar com um pau é de facto a expressão apropriada, pois que felizemente nunca namorei um Eunuco. Se bem que os eunucos mantêm o seu madeiro...

Ainda. Ainda não namorei com um Eunuco, que nunca se sabe o que o futuro nos reserva.

Bom mas não é de Eunucos que vou falar hoje, mas sim do meu primeiro namorado.

1989. Estava já na maioridade quando o conheci. É verdade. Comecei muito tarde. Imaginem se tivesse começado cedo!!!

No final da adolescência a música adquiriu um papel central na minha vida. Não de uma forma ativa, mas sim como recetáculo da mesma. E foi através da minha paixão pela música que conheci o António.

Então e quem era este António? Não, não era nenhum rapaz da escola, nem colega, nem amigo de amiga...nem músico. Era...

Já lá vamos a quem ele era.

89’ fez parte dos anos de ouro do Heavy Meatel, Hard Rock, Glam Rock, Rock FM, e afins. O meu género de eleição na altura. Género esse que era passado num programa famoso da Rádio Comercial o “Rock em Stock”, apresentado pelo grande Luis Filipe de Barros. Um homem com uma voz linda, por sinal. Eu seguia este programa religiosamente e levava o tempo a escrever para lá a pedir músicas e a dedicar músicas aos meus irmãos e a uma grande amiga da altura, a Bia. Sim, nesta altura escrevia-se cartas para as rádios...e eu alargava-me em largas divagações.

Ora, como me tratavam sempre tão bem, resolvi fazer-lhes uma surpresa. Resolvi oferecer-lhes um presente. Um presente feito por mim. Fantástico. Então e que presente foi ãããã???? Que presente foi???? O presente que fiz foi...

ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!

Foi...

Repito ATENÇÃO! Párem a música. Párem tudo. TUDOOOOOOOO. TUDOOOOOOOO. TUDOOOOOOOO. TUDOOOOOOOO. TUDOOOOOOOO. PARÉM TUDOOOOOOOO. Não respirem!!!!

Um quadro em ponto cruz!

Pensam vocês “Ahhh pronto, um quadro em ponto cruz com uma caveira em fundo preto...pronto, vá é original...”

Nãoooooooooooooo. WRONG. ERRADOOOOO.

Um quadro em ponto cruz a dizer “Rock em Stock”, com uma clave e notas de música e um chapéu do Pai Natal no “o” do Rock!!!! Cheio de côr e alegria natalícia. Vermelhos verdes, amarelos...

Vamos parar aqui um momento. Vamos parar aqui um momento que a beleza deste episódio é tão estonteante que precisamos de um momento de pausa.

Infelizmente (ou não) o quadro nunca lá chegou. Enviei-o pelo correio mas deve ter sido surripiado por algum empregado.

Eu  esperava receber um agradecimento muito especial, um delirio de alegria da parte deles em directo no programa da rádio. Népias. Nada. Nicles.

Resolvi telefonar para tentar perceber se tinha recebido:
- é o Luis Filipe de Barros
- não é o António de Freitas
Não era o Luis, mas este também tinha uma voz muito bonita...

E assim começou. Telefonema para aqui, telefonema para ali...apaixonei-me por este homem, mesmo nunca o tendo visto.

Apaixonei-me pela voz.

Qual paixoneta da escola, qual amiguinho ou zinho ou chininho. O meu 1º primeiro namorado era um senhor da rádio, na altura um ilustre desconhecido, mas hoje bastante famoso no mundo do metal e agora locutor na Antena3. Sim porque eu não poderia começar por uma coisa “normal”, claro que não. A minha primeira escolha foi às cegas e diferente do habitual!

Um dia convidaram-me a ir assistir ao programa em direto. Uma alegria tremenda e uma emoção igual...ia conhecer o homem por detrás da voz.

O resto é banal...encontros e o primeiro beijo e tal e tal e etc.

Nesta história a banda sonora está a cargo do 
Camané 
"Este silêncio"

eu sei que esperavam uns Black Sabath ou semelhante...mas Camané está para esta história como o quadro de ponto cruz esteve em 1989 para o Rock em Stock. E eu adoro a voz do Camané…

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sou tão fofinha que chego a meter nojo...

Estava por aqui deitada no meu sofá a tentar dormir uma sesta ao som da Rádio Radar, mas fui inundada por recordações ilariantes da minha vida amorosa. E algumas começaram a ter a forma de um post e portanto, coloquei-me em posição vertical e agarrei-me ao computador.

Esta história teve inicio em Paris em finais de 2001.

Quem não desejaria ter uma história de amor nesta cidade? Ser abraçada(o) e beijada(o) numa noite de luar numa das pontes que passam sobre o Sena?

Aterrei em Paris por 3 meses para escrever a minha tese de doutoramento...junto do meu orientador que que se tinha mudado para perto de Paris, para essa linda terra chamada Gif-sur-Yvette. Uma terra em que à noite nem os passaros a f**** se ouviam.

Bom mas isto de escrever uma tese tem muito que se lhe diga e beber uns copos é vital para manter a sanidade. Foi numa dessas saídas que conheci um amigo de uma amiga. Um homem com um brilho especial nos olhos. Brilho este que vim a descobrir mais tarde, quando comentávamos o que nos tinha atraído um ao outro no primeiro encontro, ser causado pelas ganzas que já havia fumado. Não me lembro o que lhe atraiu a ele em mim...provavelmente o meu par de mamas e não algo tão angelical como o brilho dos olhos (bom menos angelical se pensarmos que foi causado por ganzas). Agarrámo-nos nesse dia e não mais nos largámos no tempo restante que lá estive.

O Carlos. 


Na minha “lista dos amores passados” é o nº3, o 1º e o mais forte é o Daniel, claro. O 2º fica para outro dia...

O Carlos após 2 semanas de estarmos juntos disse-me que eu era a mulher da vida dele (ou algo do género) e que queria viver comigo. Brutal. Na verdade tenho esta caracteristica de causar euforia e intensidade insana nos homens (bom acho que neles e em mim própria!) ...pena é ser tão etérea. Ou se calhar atraio homens que não batem bem da bola...anyway, fui muito feliz com ele no tempo em que estive em Paris e levei com esta coisa do viver juntos muitas vezes.

Voltei para Lisboa.

O Carlos veio passar um fim de semana comigo. Um dia levei-o a jantar ao restaurante do Teatro Taborda. Tem uma vista muito bonita à noite. Meia luz, velas...ajoeilhou-se ao meu lado e voltou a dizer que eu era maravilhosa e tal e tal e que queria mesmo viver comigo. Ao que lhe respondi “mas olha que eu não vou ser a mulher das limpezas! Se não sabes cozinhar, descascas as batatas e cebolas, etc.!” O meu romantismo neste momento foi francamente fantástico. Estupefactante e extasiante! O melhor que há. É isto que passa de CERTEZA pela cabeça dizer a qualquer ser humano à face da Terra e mesmo em Marte, quando alguém se ajoelha a declarar o seu amor. Passado um mês deste episódio, resolvi-me a aceitar o pedido. A partir desse momento ele começou a desinteressar-se...o não sei e o desinteresse a 1800 km de distância são difíceis de entender e eu, como sabem, não sei (ou não sabia) viver com um não sei. Acabei tudo.

Passados 7 meses estava de volta a Paris. Desta vez por um período longo. Tentei uma reaproximação. E tivemos como que um relação de amigos coloridos durante algum tempo. Até ao dia em que me apercebi que não era isso que queria ser para ele. Convidei-o a ir até minha casa e conversámos longamente sobre o assunto. Eu expliquei-lhe as minhas razões e disse que o queria como namorado e não naquela coisa intermitente e livre que tinhamos. Ele não sabia. Que preferia aquele tipo de relação. E por isso disse-lhe que então ficávamos por ali, que não era aquilo que queria.

Ele começa a chorar. Que se calhar eu era a mulher da vida dele e ele me estava a desperdiçar. Que eu era uma pessoa espetacular bla, bla, bla. E eu a consolá-lo. A dizer que era normal, que ás vezes as pessoas não sabem. E assim estivemos. Ele não arredava pé dali. Não sabia o que queria...Consolei-o até à 1h da manhã.

Espera aí?! Mas não há algo de errado nesta cena??? Então eu levo “um fora” na minha casa. O gajo não quer ser meu namorado, mas sim amiguinho colorido. Não sabe se gosta de mim. E EU é que o consolo??? Eu é que gramo com o gajo 2 horas a queixar-se e a chorar?? Mas não era eu que devia estar a chorar e infeliz??? What the f****?!

Devia ter-lhe respondido se queres uma amiguinha colorida usa a tua mão meu F**** da P*** do C*****.

Mas claro...impensável para mim dar parte fraca. Mais parecia um Robot...talvez fosse assim que eu me via nessa altura e talvez fosse assim que o Carlos também me viu. Porque só isso justifica a frieza deste homem, incapaz de perceber que se eu gostava realmente dele, só poderia estar destroçada por dentro, mesmo que da minha expressão não saísse qualquer sinal disso.

Há momentos em que não faz sentido uma pessoa ser fofinha e queridinha. Há momentos em que é “permitido” ser-se uma esgazeada e histérica e gritar tudo o que lhe vem à mona. Estou em crer que este tinha sido um deles.

Mas não fui tão fofinha...tão fofinha que...

...da-se, mais à mulher.


Lady Marmelade
"Voulez vou coucher avec moi ce soir"
Um dia após o jantar em casa da mãe do Carlos enquanto ajudava a arrumar a cozinha  resolvi cantar a seguinte música "Voulez vou coucher avec moi se soir..."a mãe olhou-me com um sorriso maroto... fica por isso a banda sonora deste amor.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amor insano

Hoje escolhi um dos acontecimentos mais marcantes da minha vida para relatar...

Marcante pelo amor, desespero, comédia, insanidade e sofrimento nele encerrado.

Não será o amor um pouco insano sempre?

Tudo começou em 1997 estava eu em Berlim. Tinha decidido tirar férias de homens. Um pouco de paz na vida e na cabeça. Eu sou assim. Decido sobre o que sinto e quando sinto. Mas isso só fica mesmo por pensamentos que se me cruzam na mente, porque na realidade estes pensamentos não valem uma poia. Mas pronto era neste estado em que eu estava.

Durou até ao dia em que fui jantar a casa de uma amiga Alemã. Esperavamos um novo elemento que tinha chegado ao laboratório deles. Já sentados à mesa (eu de frente para a porta) entra “o elemento”...

Pensei: “Estou fodida”.

E estava.

Tinha decidido o quê? Não me lembrei mais do que tinha decidido...

Chamava se Daniel. Alto louro e bem encorpado. Inteletualmente estimulante. Irresistivel a bem dizer. Assim vivi um amor arrebatador e intenso. Um amor com data de terminus maracada, porque cada um regressaria ao seu país. Eu a Portugal. Ele à Nova Zelândia. Eu sou assim...não poderia ser alguém de mais perto. Antipodas é que é! 

Nessa altura se ele me tivesse proposto ir para a Nova Zelândia eu tinha ido sem pensar duas vezes. Deixava o Doutoramento, deixava tudo...ele não propôs e eu também não. A separação não foi fácil...mas como se costuma dizer “não há nada que o tempo não sare”. Com o tempo ficou apenas a recordação de um bom tempo passado em Berlim. Pelo menos assim quis acreditar.

Anos mais tarde voltei a Berlim. Acabo de chegar e recebo um e-mail do Daniel a dizer que ia fazer um Pos-Doc para lá. Fiquei logo demasiado contente...

No dia em que chegou eu fazia um jantar em minha casa. Tinham me dito que estava mais gordo. Toca à porta. Não estava gordo o suficiente. (Engraçado que de novo já todos estavamos sentados à mesa...)fui abrir a porta. E de novo pensei...

Estou fodida.

E estava.

Ao menos sou coerente.

Acontece que por essa altura eu tinha um namorado espetacular, de quem gostava muito. Alguém que para mim era impensável magoar.

Encetei por isso uma luta interna feroz. Uma luta perdida à partida...impossível vencer um sentimento como amor. Cada dia que passava as minhas forças para lutar iam diminuindo e o tempo que me restava em Berlim também. Apoderou se por isso de mim o medo de o perder e não o voltar a ver. Um desespero insano. Como se sair dali fosse o fim...

A razão deixou o poder e deu lugar ao coração. E o meu de racional tem pouco ou nada.

Resolvi por isso marcar um encontro com ele para lhe expor os meus sentimentos.

Assim nos encontrámos.

Pedimos um copo.

Disse lhe que o amava, que ele tinha sido o único homem na minha vida de quem eu tinha desejado ter um filho. Sem papas na língua. De rajada. Após 3 anos.

Disse lhe que precisava de saber o que ele sentia por mim e se queria ficar comigo. E precisava de saber já, porque dentro de duas semanas ia me embora.

Ele respondeu que não sabia...que gostava muito de mim, mas que assim não me podia responder.

Na minha cabeça isto era um não. Ele não me amava. Pronto. Tal como tinha previsto. Sim porque eu já sabia tudo. Só lá tinha ido confirmar.

Respondi lhe que assim não dava para mim. Se ele não sabia, então eu preferia nunca mais o ver. Disse lhe que preferia morrer de um tiro, do que de um cancro. Sofreria menos. Palavras maravilhosas que me saem da boca. Amor ou morte...

Como já sabia o que ele ia responder…até tinha uma prenda para ele. Uma recordação. A banda sonora de um filme que tinhamos ido ver juntos “60 segundos”, que até nem tinha gostado por aí além, mas que tinha uma música dos Cult “Painted on my heart”, muito bonita e que descrevia no fundo o que eu sentia.

A conversa continuou a partir desse momento num tom de alguém que não mais se vai ver. Eu não fumava há 8 meses e ele não fumava. Fomos comprar tabaco (Malboro Lights) e começamos a fumar os dois. Ainda jantei com ele, mas na condição de ir-me embora à meia noite (acho que vi muitos filmes da Cinderela quando era pequena...).

À meia noite estavamos a despedir nos e ele disse me: “Please give me one last night of passion” ao que lhe respondi “I just promised you 1001 nights of passion and you just refused”.

Atravessei a estrada e apanhei o autocarro, deixando para trás o amor da minha vida.

Esta história até era fantástica se terminasse aqui...mas pior que o coração só mesmo os impulsos do corpo...e os dois resolveram aliar se contra mim.

Nas vesperas de partir escrevi lhe a dizer que o queria ver. Não me recordo do que falámos, mas acabámos na cama...tanta conversa do tiro e das 1001 noites e o caraças e certezas e...

Nesse dia quando vinha a sair de casa dele ele pediu-me:
- Please come back soon!
ao que lhe respondi 
- I will never be back.

Não voltei. 

Cult 
"Painted on my heart"
http://www.youtube.com/watch?v=H3Vu-EeYq_w



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lone&Vulnerable

(06.02.10)

Erupção...

(10.02.10)

Pain

How hard is the pain? The pain is very hard. To deal with our and others pain is an act of courage


(escrito a 22.02.10)

Hiding tears...

(25.02.10)

Madonna!

(01.03.10)

Looking back...

(12.03.10)

Com os cabelos em pé!

(14.03.10)

NY Lovers

(18.03.10)

Inocência...

(22.03.10)

Are you listening to me?

(23.03.10)

Feel the same when dancing...

(24.03.10)

Lone&Silent

(24.03.10)

This is how Easter eggs are made! (it seems that chickens rule...)

(02.04.10)

Desculpa...foi de propósito!

(08.04.10)

Sensações

Tenho esta sensação que devia fazer mais coisas na vida...constato que nos sentimos sufocados e culpados por não o conseguirmos!

Eu

Black&White Bitter&Sweet Happy&Sad Hard&Soft Present&Absent Independent&Dependent High&Low Full&Empty Different&Equal...a contrasting someone!


(escrito a 11.05.10)

Lunch

(13.05.10)


Enquanto ela aparecia na Cova d'Iria eu cometia mais um pecado mortal...

Um pormenor de uma obra anterior d'OSGEMEOS "vertigem 9"

(25.05.10)

Pessoal já sabem se precisarem de alguma coisa estou AQUI...

(31.05.10)
Fear is the worst of fears!


(10.10.10)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Perfect Timing I

(04.09.10)

Underwater Love

(18.10.10)

Vou ali apanhar solinho...


(23.10.10)

Melancolias...

(14.11.10)

Mais um milímetro de glúteo na minha vida, mas só de um lado!

 Há pouco fiz uma aula de body pump, mas só treinei um glúteo. Adoro a palavra glúteo que na infopédia: ANATOMIA relativo ou pertencente às nádegas nadegueiro.

Mas porque raio só treinei uma parte do nadegueiro, perguntam?!
- Estava aleijada? Doíam-me as costas? Uma cãibra? Um trovão? Desmaiei? o prof esqueceu-se?
NÃO. Simplesmente não reparei que tínhamos mudado de perna...agora tenho mais nadegueiro de um lado do que do outro. C'um caraças é um problema grave! 

E era isto que queria partilhar às 22.13h de 18 de Abril de 2011.


Maravilhas do mundo moderno!


A contactar a Zon por causa da falha dos canais AXN, Fox e FoxLife

...bla, bla prima 1blé, 2bli, 3bló, 4blu... bla, bla, bla prima 1blé, 2bli, 3bló, 4blu... bla, bla, bla, prima 1blé,2bli, 3bló, 4blu... prima 9 se quer ser atendido por um operador, bla, bla, prima 1blé,2bli, 3bló, 4blu... bla, bla, bla prima 1blé,2bli, 3bló, 4blu, bla, bla, bla devido ao elevado fluxo de chamadas de momento a sua chamada não pode ser atendida...tente mais tarde ou prima 8 se quer ser contactada pela Zon mais tarde. Estupefacção e....

Gritoooooooooooooooooos!!!!

Começa a ser ridículo todo este percurso que uma pessoa tem de fazer...

(escrito a 04.05.11)

A Femme Fatale nasceu em Jerusalém


Estar em Jerusalém é realmente algo...hoje enquanto jantavamos passaram várias Teenagers vestidas à Teenager com metralhadoras às costas. Concluimos que eram de plástico após longa discussão e um olhar demorado para o material pendurado nas costas...

Não satisfeita apenas com as nossas divagações, resolvi aventurar-me e perguntar a uma das muitas miudas que desfilavam com a metralhadora, se esta era mesmo verdadeira...E ERAAAAAAAAAAAAAA!!!!!! Pas possible. As gajas (que fazem parte do exército) vão tomar um copo à noite com aquela cena às costas, porque têm "medo" que ao deixarem em casa nos dias de descanso, as roubem...ou isso ou para se exibirem (disse-me o empregado do restaurante. Pergunto-me se também fazem sexo com elas... Estas são sem dúvida as verdadeiras "Femmes Fatales"

(escrito a 25.05.11)

Aeroportos israelitas & Vibes


Foi a sair de Israel que tive vontade de não mais  lá voltar! 2 horas infernais a passar pela segurança/aparelhos/detectores de metais no aeroporto.

Por alguma razão na primeira (de 5) passagem pelos aparelhos de segurança fui classifica de "alto nível de perigo (ou algo assim)".
A partir desse momento contei com escolta policial até me ver livre da mala (que foi aberta e toda vasculhada ao pormenor(2ª).

Para a próxima vez penso colocar um Vibrador mesmo no meio da roupa para tornar a coisa mais emocionante.

Depois mais uma passagem pela segurança (3ª): ALTO NÍVEL percebi a tipa dizer...nova escolta policial. Nova passagem (4ª) por uma segurança/aparelhos bem mais sofisticados...vasculha tudo até mesmo o passaporte passou por uma máquina. Pensava que estava safa...MAS NÃOoooooooooooooooooooooo mais uma paragem para um passaporte check (5ª) do passaporte e um carimbo. O carimbo foi a melhor parte! Na Europa já não se carimbam passaportes!!!!

(escrito a 27.05.11)

Trapped sensuality

(05.06.11)