Estava por aqui deitada no meu sofá a tentar dormir uma sesta ao som da
Rádio Radar, mas fui inundada por recordações ilariantes da minha vida amorosa.
E algumas começaram a ter a forma de um post
e portanto, coloquei-me em posição vertical e agarrei-me ao computador.
Esta história teve inicio em Paris em finais de 2001.
Quem não desejaria ter uma história de amor nesta cidade? Ser abraçada(o) e
beijada(o) numa noite de luar numa das pontes que passam sobre o Sena?
Aterrei em Paris por 3 meses para escrever a minha tese de doutoramento...junto do meu orientador que que se tinha mudado para perto de Paris, para essa linda terra chamada Gif-sur-Yvette. Uma
terra em que à noite nem os passaros a f**** se ouviam.
Bom mas isto de escrever uma tese tem muito que se lhe diga e beber uns
copos é vital para manter a sanidade. Foi numa dessas saídas que conheci um
amigo de uma amiga. Um homem com um brilho especial nos olhos. Brilho este que vim
a descobrir mais tarde, quando comentávamos o que nos tinha atraído um ao outro
no primeiro encontro, ser causado pelas ganzas que já havia fumado. Não me
lembro o que lhe atraiu a ele em mim...provavelmente o meu par de mamas e não
algo tão angelical como o brilho dos olhos (bom menos angelical se pensarmos
que foi causado por ganzas). Agarrámo-nos nesse dia e não mais nos largámos no
tempo restante que lá estive.
O Carlos.
Na minha “lista dos amores passados” é o nº3, o 1º e o mais forte é o Daniel, claro. O 2º fica para outro dia...
Na minha “lista dos amores passados” é o nº3, o 1º e o mais forte é o Daniel, claro. O 2º fica para outro dia...
O Carlos após 2 semanas de estarmos juntos disse-me que eu era a mulher da
vida dele (ou algo do género) e que queria viver comigo. Brutal. Na verdade
tenho esta caracteristica de causar euforia e intensidade insana nos homens
(bom acho que neles e em mim própria!) ...pena é ser tão etérea. Ou se calhar
atraio homens que não batem bem da bola...anyway, fui muito feliz com ele no
tempo em que estive em Paris e levei com esta coisa do viver juntos muitas
vezes.
Voltei para Lisboa.
O Carlos veio passar um fim de semana comigo. Um dia levei-o a jantar ao
restaurante do Teatro Taborda. Tem uma vista muito bonita à noite. Meia luz,
velas...ajoeilhou-se ao meu lado e voltou a dizer que eu era maravilhosa e tal
e tal e que queria mesmo viver comigo. Ao que lhe respondi “mas olha que eu não
vou ser a mulher das limpezas! Se não sabes cozinhar, descascas as batatas e
cebolas, etc.!” O meu romantismo neste momento foi francamente fantástico. Estupefactante
e extasiante! O melhor que há. É isto que passa de CERTEZA pela cabeça dizer a qualquer
ser humano à face da Terra e mesmo em Marte, quando alguém se ajoelha a
declarar o seu amor. Passado um mês deste episódio, resolvi-me a aceitar o
pedido. A partir desse momento ele começou a desinteressar-se...o não sei e o
desinteresse a 1800 km de distância são difíceis de entender e eu, como sabem,
não sei (ou não sabia) viver com um não sei. Acabei tudo.
Passados 7 meses estava de volta a Paris. Desta vez por um período longo.
Tentei uma reaproximação. E tivemos como que um relação de amigos coloridos
durante algum tempo. Até ao dia em que me apercebi que não era isso que queria
ser para ele. Convidei-o a ir até minha casa e conversámos longamente sobre o
assunto. Eu expliquei-lhe as minhas razões e disse que o queria como namorado e
não naquela coisa intermitente e livre que tinhamos. Ele não sabia. Que
preferia aquele tipo de relação. E por isso disse-lhe que então ficávamos por
ali, que não era aquilo que queria.
Ele começa a chorar. Que se calhar eu era a mulher da vida dele e ele me estava
a desperdiçar. Que eu era uma pessoa espetacular bla, bla, bla. E eu a
consolá-lo. A dizer que era normal, que ás vezes as pessoas não sabem. E assim
estivemos. Ele não arredava pé dali. Não sabia o que queria...Consolei-o até à
1h da manhã.
Espera aí?! Mas não há algo de errado nesta cena??? Então eu levo “um fora”
na minha casa. O gajo não quer ser meu namorado, mas sim amiguinho colorido.
Não sabe se gosta de mim. E EU é que o consolo??? Eu é que gramo com o gajo 2
horas a queixar-se e a chorar?? Mas não era eu que devia estar a chorar e
infeliz??? What the f****?!
Devia ter-lhe respondido se queres uma amiguinha colorida usa a tua mão meu
F**** da P*** do C*****.
Mas claro...impensável para mim dar parte fraca. Mais parecia um
Robot...talvez fosse assim que eu me via nessa altura e talvez fosse assim que
o Carlos também me viu. Porque só isso justifica a frieza deste homem, incapaz
de perceber que se eu gostava realmente dele, só poderia estar destroçada por
dentro, mesmo que da minha expressão não saísse qualquer sinal disso.
Há momentos em que não
faz sentido uma pessoa ser fofinha e queridinha. Há momentos em que é “permitido”
ser-se uma esgazeada e histérica e gritar tudo o que lhe vem à mona. Estou em
crer que este tinha sido um deles.
Mas não fui tão
fofinha...tão fofinha que...
...da-se, mais à mulher.
Um dia após o jantar em casa da mãe do Carlos enquanto ajudava a arrumar a cozinha resolvi cantar a seguinte música "Voulez vou coucher avec moi se soir..."a mãe olhou-me com um sorriso maroto... fica por isso a banda sonora deste amor.
Frieza, assobio p o lado, fácil recobro do seu bem-estarzinho são sempre características do sexo oposto; qto mais inteligentes, pior (ou seja, mais frieza mais assobio e mais recobro). Penso eu de q.
ResponderEliminarTalvez...mas nem sempre é assim, felizmente!
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